Imagino que como eu, vocês se perguntaram: Quem é Carlos Douglas? Será que eu conheço? Assim com está curiosidade perguntei a professora, antes mesmo dela terminar de "molhar o bico" quem era Carlos Douglas. Ela sorrindo responde: - "foi o pinto que dei como prêmio ao meu aluno que é autista. E veja que percepção desta pró, pois além de cumprir sua promessa, indo inclusive na casa da criança levar o pintinho, teve o cuidado de conversar com o mesmo sobre a morte, caso o animalzinho viesse a falecer... E ele morreu, mas apesar da dor gerada pela ausência de seu bichinho de estimação o garoto não chorou e parece ter superado de forma natural aquela perda. Todavia a sua mãe já estava providenciando um outro pinto. Acho que todos sabem que o autista é uma disfunção global do desenvolvimento, afetando a capacidade de comunicação que leva o sujeito ao isolamento social. O pintinho além de alegria que trouxe a esta criança, a lição sobre a morte, trouxe também a todos nós professores naquele momento uma reflexão... Ele havia escolhido o nome de dois primos para seu pintinho, sinal de que apesar de seu isolamento ele percebe o mundo e a partir disso a professora terá subsídios para trabalhar com esta criança. Embora muitas pessoas acham um absurdo está abrindo espaço para estas pessoas na Escola Regular, posso observar através desta experiência e de tantas outras como tem trazido beneficio não só para eles que precisam de cuidados especiais como também do educador que acaba sendo sensibilizado, passando a ver o mundo por outro prisma como pude ver nos olhos que brilhavam daquela pró contando a história de Carlos Douglas... E engraçado parece que a morte deste pintinho atingiu o coração do galo do vizinho, hoje ele está silencioso...
E que possamos continuar nos integrando com o outro apesar de suas dificuldades, diferenças e diversidades, pois no fundo SOMOS TODOS UM!
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