Não há palavras para descrever a paz e a adrenalina de estar aqui... A emoção é grande é como se estivesse em êxtase desde o primeiro momento que adentrei no vale. Fico daqui da "igrejinha" olhando o imenso paredão que desci, a sensação de vitória é imensa, é algo que foi uma conquista minha, somente minha... As lágrimas vem e vão e ao mesmo tempo em que um filme descortina em minha mente o agora se faz presente e, em muitos momentos estou tão presente no agora que o cheiro, os sons e cada movimento de meu corpo é sentido como nunca foi antes. A neblina permanece e foi explêndido ver muitas vezes, devido a massa de ar, o paredão desaparecer e reaparecer... A máquina parece que está com algum problema, mas nem mesmo a melhor máquina fotográfica conseguiria deter em sua lente tanta beleza, tanta plenitude e, mesmo que eu não possa mais fotografar, não tem problema o que vivencio neste momento não há como registrar, acredito que possa apenas dizer que o Vale do Pati precisa apenas viver...
Como viríamos num grupo de 5 pessoas não me preocupei com a alimentação, confesso que a preocupação maior na verdade, foi com o peso da mochila e de "sustância" trouxe apenas macarrão, e nem lembrei dos temperos a não ser um molho pronto, mas Sérgio (o guia) resolveu tudo, na casa de seu João tem uma quitandinha e ele acabou fazendo um macarrão com creme de leite delicioso e além disso trouxe uma farofa de cenoura maravilhosa, mas como ele disse o tempero da comida é a fome, estávamos famintos rsrsrs.
Aqui tem energia solar, mas o sol até agora não apareceu o que significa dizer que a água tá geladinha, aliás aqui na Chapada a água sempre é gelada, penso que deveria ter tomado banho logo que cheguei, agora o corpo tá frio e a água mais FRIAAAAA ainda, mas descido começar o ritual do banho, primeiro tiro o tênis, os pés estão latejando, mas se tivesse que continuar na trilha, o banho, por certo, ficaria para o final, pois sei que na hora que meu corpo se entregar a água ela o irá relaxar. Ah! meus pés fazem festa ao sentir a terra friinha... Respiro fundo, pego a toalha e é melhor não pensar...
Aqui tem energia solar, mas o sol até agora não apareceu o que significa dizer que a água tá geladinha, aliás aqui na Chapada a água sempre é gelada, penso que deveria ter tomado banho logo que cheguei, agora o corpo tá frio e a água mais FRIAAAAA ainda, mas descido começar o ritual do banho, primeiro tiro o tênis, os pés estão latejando, mas se tivesse que continuar na trilha, o banho, por certo, ficaria para o final, pois sei que na hora que meu corpo se entregar a água ela o irá relaxar. Ah! meus pés fazem festa ao sentir a terra friinha... Respiro fundo, pego a toalha e é melhor não pensar...
Não sei se a emoção é tão grande de estar aqui que a água estava simplesmente deliciosa, até lavei o cabelo. Fiquei um bom tempo ali sentindo cada gota bater firme no meu corpo e ali eu lavei também meu coração...
Agora já somos muitos por aqui e observo a beleza da diversidade que há em cada grupo...
Me afasto da casa, queria ouvir somente o canto dos pássaros, também a paz é tão grande aqui que o sono fica me espreitando, sendo assim resolvi andar...Andei muito pouco, não tive coragem de descer aquela pequena ladeira, o corpo reclama cansaço, confesso que amei ter ficado por aqui, talvez há quem diga que aproveitei pouco do meu dia, mas aprendi que a felicidade não está no PODIUM e sim no percurso, a felicidade é poder simplesmente estar aqui...
Abrir meus ouvidos e comecei a ouvir sons desconhecidos, o canto dos pássaros - simplesmente divino e de repente eles apareceram, fiquei petrificada e fiz um grande esforço para não mexer nenhum músculo, queria vê-los de perto e não queria assustá-los. A muitos anos os vi numa outra trilha. O povo aqui os chama de peguinha, são pequenos pássaros de uma beleza imensa, o contraste do azul turquesa de suas penas que cobre todo seu corpo com o amarelo ouro de sua cabeça fica maravilhoso no meio de todo este verde...
Os mosquitos resolveram me saldar também, e a noite vai chegando de mansinho, então decido me recolher e lá no meu cantinho um delicioso colchão e aquele cobertor tão conhecido como dorme bem me espera...
Os mosquitos resolveram me saldar também, e a noite vai chegando de mansinho, então decido me recolher e lá no meu cantinho um delicioso colchão e aquele cobertor tão conhecido como dorme bem me espera...
O simples biscoito tem outro sabor, até mesmo o suco de caixinha me trouxe o sabor gostoso da laranja. Concluo que o sabor não estar em minha língua, o sabor estar em minha alma...
Passei um longo tempo meditando, apesar dos burburinhos das pessoas por aqui a paz que sinto invade todo o meu ser e tenho certeza que toda esta energia que emana de mim abraça cada familiar, cada amigo levando de mansinho meu sorriso e todo este amor que me enlaça...
Passei um longo tempo meditando, apesar dos burburinhos das pessoas por aqui a paz que sinto invade todo o meu ser e tenho certeza que toda esta energia que emana de mim abraça cada familiar, cada amigo levando de mansinho meu sorriso e todo este amor que me enlaça...
Observo maravilhada um pequeno beija-flor, viajo em seus movimentos e lembro de meus filhos e agradeço muito por eles seres como são... Assim amigos...compreensivos. Eles são o que tanta gente não sabe ser e emocionada percebo que eles são FILHOS e o mais fantásticos são meus filhos... Saudades desse meu quarteto!
Chegamos na "prefeitura" e fico encantada com a imagem do castelo, permaneço por alguns minutos ali parada, quieta, admirando e sentindo em mim tanta beleza. Ah como queria poder descrever tudo isto, mas há coisas que são ditas apenas com o olhar...
Olhar... Lembrei do teu olhar que por um momento pude registrar tanta ternura... Vontade de mergulhar no verde do teu olhar e me banhar neste mar de ternura... como seria maravilhoso se este olhar pudesse estar aqui me ajudando a enxergar tudo isso que agora vejo...
Olhar... Lembrei do teu olhar que por um momento pude registrar tanta ternura... Vontade de mergulhar no verde do teu olhar e me banhar neste mar de ternura... como seria maravilhoso se este olhar pudesse estar aqui me ajudando a enxergar tudo isso que agora vejo...
Na casa de Sr. João tinha um gato lindo, branco com umas manchas amarelas na barriga e o olho também amarelo... Aqui também tem um casal e lembrei com saudades de princesa (a gata que tive) ela como os gatos daqui era toda rajada de cinza e preto. Observo que eles são muito gordos... Passeiam aqui no terreiro e a lembrança de princesa me trouxe tantas outras coisas e, dentre elas uma saudade imensa de meus pais...
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