sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pão que é VIDA!


Acordei hoje buscando estar ainda mais atenta ao AGORA... Meditei e foi tão gostoso me perder no som dos vários pássaros que tenho o privilégio de ouvir em minhas manhãs e pude observar que o mesmo passarinho que estranhamente cantava ontem a noite, cantava agora cedo, fiquei por um tempo tentando identificar cada som que produzia para ver se podia delinear em minha mente a sua imagem, mas não consegui sequer imaginar se era branco, amarelo, azul... De repente começo a ouvir o canto do galo ao longe, e a distância de seu canto me levou a distância não só dos quilômetros em que vivo de minha pequenina cidade, mas no tempo ao recordar de minhas adoradas avós que criavam galinhas em seus quintais e pude sentir uma saudade gostosa apertando de mansinho meu peito ao relembrar o canto entoado pelas duas - Vó Vivaldina e Vó Dinda - Pruuuuuuuuu ti ti ti ti Pruuuuuuuu ti ti ti ti ti ti e lá vinhas as galinhas correndo felizes em poder se alimentar... E pude ver os galos imponentes donos de seus terreiros cantar... Me vi menina/criança distribuindo sorrisos e pude ver o quanto a felicidade fez e faz morada em minha vida... É de fato que O OLHAR MUDA TUDO (Amit Goswami) e a cada dia que isso entranha mais fundo em mim, a profundidade destas palavras traz a minha vida um novo encantamento em simplesmente ser SER HUMANO...
Levantei e fui preparar o meu café, que delícia sentir o seu aroma se espalhando pelo ar, fiquei ali na cozinha por um instante observando a água ferver... borbulhar e vi o grande mistério que nos traz o fogo com seu poder de transformar...
Sentei calmamente a mesa e de repente algo em mim pôs toda a atenção no pão... Observei sua leveza, sua textura, busquei guardar teu cheiro que se misturava com a fumaça cheirosa do café... E me perguntei - Qual a origem do pão? Interessante perceber que o pão é um alimento sagrado, está em todo o mundo... Viajei em meus pensamentos até os campos de trigo, fiquei imaginando suas raízes ficando a terra, seu dourado se espalhando e se esparramando com o abraço do sol, seu canto magnifico quando tocado pelo vento, seu banho gostoso quando presenteado pela chuva... Ah a chuva sinônimo de prosperidade... de vida... Vi de repente toda colheita sendo feita, trabalhadores suados, animais sendo carregados... De repente tantas mudanças, tecnologia chegando... avançando... Colheita feita de forma maquinal... Vejo tantas ressignificações, mas pude então perceber que apesar de toda tecnologia o pão mantém ainda a sua magia de ser...
Mas, não resistir e fiz uma busca rápida em Dr. Google para saber de onde se originou este alimento que está praticamente em todas as mesas e que nem nos damos conta de tanta coisa que há por trás de um simples pão e fiquei maravilhada com este trecho; " Os gregos, que atribuíam a origem do pão aos deuses deram a ele um caráter sagrado. Nós devemos aos gregos a instituição das padarias como estabelecimentos comerciais públicos, e eles ensinaram isto aos romanos. A grande expansão do pão em Roma causou o nascimento da primeira associação oficial de panificadores. SEUS MEMBROS GOZAVAM DE UM STATUS MUITO PRIVILEGIADO. Eles eram livres de alguns deveres sociais e isentos de muitos impostos. A panificação tornou-se tão prestigiosa durante o Império Romano, que era considerada no mesmo nível que outras artes, como escultura, arquitetura ou literatura. Até politicamente, as classes dominantes usavam pão para satisfazer o povo e fazê-los esquecer os problemas econômicos oriundos da expansão do Império." (fonte: http://www.ufrgs.br/alimentus/pao/curiosidades/historia.htm)
Pensei então comigo, mas veja só - eram privilegiados, e sentir toda riqueza em minha mesa ao ver a minha cesta repleta de pão... e lembrei com saudade da época que chamava os garotos bonitos de PÃO... Pão que é vida por ser simplesmente pão!

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