A 22 anos atrás nascia Claudinha as primeiras horas do dia
01 de agosto, exatamente aos 45 minutos... Parecia não ter pressa em chegar,
pois desde a véspera ameaçava e não arrebentava os obstáculos que precisava
para se impor e dizer: Povo cheguei! rsrsrs Talvez porque soubesse de outras
tantas barreiras que teria que enfrentar com o teu silêncio e com o grande
aprendizado que teria que me passar... Apesar de ter que induzir o parto, pois
jamais me imaginei "parindo"
através de uma cessaria, eu permanecia tranquila, lembro que o médico estranhou muito a
minha resistência, pois disse a ele: Doutor tentaremos tudo, cessaria só quando
tiver descartado todas as outras opções. Mas, apesar disso ela chegou num clima
de festa... Dr Brito, o obstetra, comemorou conosco ainda no quarto do hospital
a sua chegada, principalmente porque foi necessário apenas um empurrãozinho e
ela deu o ar da graça, tanto que ele, o médico, se surpreendeu, pois logo que
fui medicada ele disse: "ela deve
nascer com o raiar do dia." Contudo, meia hora depois ela chegava para
alegria de todos nós. O calor no Piauí era intenso, mas ela trouxe a brisa
refrescante de seu amor e naqueles primeiro meses me readaptava novamente a ser
mãe, pois Rafael Franco meu filho mais velho estava a um passo de completar
seus 6 aninhos de existência... E como digo a ele:o diploma da maternidade foi
passado por ele para mim, todavia todo filho é um poço de aprendizado e cada um
deles trouxe instruções valiosas para meu crescimento, mesmo quando um deles veio
apenas de meu coração como é o caso de meu filho Bruno Franco, que mesmo não
tendo sido gerado de minhas entranha foi gerado passo a passo, nervo a nervo em
meu coração e como todos eles têm me ensinado a ser um SER humano melhor, mesmo
eles não tendo consciência disso, mesmo ainda eu tendo tanta coisa a
aprender/reaprender. Assim como Gabriel Franco que quando pensei que já havia
"pendurado as chuteiras" ele chegava para mostrar o quanto eu ainda
tinha que aprender nesta questão maternal e nem sei se tenho sido uma boa aluna
para eles, "tipo" disciplinada, atenta, amorosa e estudiosa rsrsrs.
Mas o certo é que busco com cada um deles aprender e a apreender AMAR. Tarefa
das mais difíceis, porém das mais compensadoras... Para amá-los precisei reaprender
a me amar e cada dia é um novo passo, é um novo aprendizado e quando este novo
conhecimento adentra em mim e quando isto toma uma nova proporção em meu ser,
sinto também a receptividade deles para com meu coração aprendiz... O amor é
assim algo tão SURPREENDENTEMENTE MARAVILHOSO que são as raras pessoas sabem de
fato o que é amar... Amar vai além de qualquer expressão, desejo, querer...
AMAR É SIMPLESMENTE SER O TODO NAS PARTES E AS PARTES NUM ÚNICO TODO, e este
todo é simplesmente o AMOR e ele é INCONDICIONAL... Não há como medir,
mensurar, avaliar, analisar, refutar, desgastar... Ele vai além de qualquer
coisa e acho que isso é o maior aprendizado que temos quando nos tornamos
MÃE... Li esta semana que "Misericórdia significa coração que ainda cabe
outro" E como fiquei feliz em ver que além de meus filhos que podem
habitar em mim, ainda há em meu coração espaço suficiente para por mais um
trilhão de pessoas... E meu coração tem sido preenchido de um amor
indescritível pelos meus filhos/alunos e pelos maravilhosos amigos que cruzam o
meu caminho. Acredito que o que tenho
aprendido com a maternidade é isso aí - APRENDO A TER UM CORAÇÃO
IMENSAMENTE MISERICORDIOSO!
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