quinta-feira, 2 de agosto de 2012


A 22 anos atrás nascia Claudinha as primeiras horas do dia 01 de agosto, exatamente aos 45 minutos... Parecia não ter pressa em chegar, pois desde a véspera ameaçava e não arrebentava os obstáculos que precisava para se impor e dizer: Povo cheguei! rsrsrs Talvez porque soubesse de outras tantas barreiras que teria que enfrentar com o teu silêncio e com o grande aprendizado que teria que me passar... Apesar de ter que induzir o parto, pois jamais me  imaginei "parindo" através de uma cessaria, eu permanecia tranquila,     lembro que o médico estranhou muito a minha resistência, pois disse a ele: Doutor tentaremos tudo, cessaria só quando tiver descartado todas as outras opções. Mas, apesar disso ela chegou num clima de festa... Dr Brito, o obstetra, comemorou conosco ainda no quarto do hospital a sua chegada, principalmente porque foi necessário apenas um empurrãozinho e ela deu o ar da graça, tanto que ele, o médico, se surpreendeu, pois logo que fui medicada ele disse:  "ela deve nascer com o raiar do dia." Contudo, meia hora depois ela chegava para alegria de todos nós. O calor no Piauí era intenso, mas ela trouxe a brisa refrescante de seu amor e naqueles primeiro meses me readaptava novamente a ser mãe, pois Rafael Franco meu filho mais velho estava a um passo de completar seus 6 aninhos de existência... E como digo a ele:o diploma da maternidade foi passado por ele para mim, todavia todo filho é um poço de aprendizado e cada um deles trouxe instruções valiosas para meu crescimento, mesmo quando um deles veio apenas de meu coração como é o caso de meu filho Bruno Franco, que mesmo não tendo sido gerado de minhas entranha foi gerado passo a passo, nervo a nervo em meu coração e como todos eles têm me ensinado a ser um SER humano melhor, mesmo eles não tendo consciência disso, mesmo ainda eu tendo tanta coisa a aprender/reaprender. Assim como Gabriel Franco que quando pensei que já havia "pendurado as chuteiras" ele chegava para mostrar o quanto eu ainda tinha que aprender nesta questão maternal e nem sei se tenho sido uma boa aluna para eles, "tipo" disciplinada, atenta, amorosa e estudiosa rsrsrs. Mas o certo é que busco com cada um deles aprender e a apreender AMAR. Tarefa das mais difíceis, porém das mais compensadoras... Para amá-los precisei reaprender a me amar e cada dia é um novo passo, é um novo aprendizado e quando este novo conhecimento adentra em mim e quando isto toma uma nova proporção em meu ser, sinto também a receptividade deles para com meu coração aprendiz... O amor é assim algo tão SURPREENDENTEMENTE MARAVILHOSO que são as raras pessoas sabem de fato o que é amar... Amar vai além de qualquer expressão, desejo, querer... AMAR É SIMPLESMENTE SER O TODO NAS PARTES E AS PARTES NUM ÚNICO TODO, e este todo é simplesmente o AMOR e ele é INCONDICIONAL... Não há como medir, mensurar, avaliar, analisar, refutar, desgastar... Ele vai além de qualquer coisa e acho que isso é o maior aprendizado que temos quando nos tornamos MÃE... Li esta semana que "Misericórdia significa coração que ainda cabe outro" E como fiquei feliz em ver que além de meus filhos que podem habitar em mim, ainda há em meu coração espaço suficiente para por mais um trilhão de pessoas... E meu coração tem sido preenchido de um amor indescritível pelos meus filhos/alunos e pelos maravilhosos amigos que cruzam o meu caminho.  Acredito que o que tenho aprendido com a maternidade é isso aí - APRENDO A TER UM CORAÇÃO IMENSAMENTE  MISERICORDIOSO!  

Nenhum comentário:

Postar um comentário