Estou EM São Paulo, precisamente na Rua Alvarenga no Butantã e estou maravilhada com o verde e o canto dos pássaros. São 7.30 da manhã e é muito gostoso ver que na “cidade de pedra” ainda existem lugares aconchegantes como este... Mas, o canto tão maravilhoso das aves já começa se embaralhar na orquestra do trânsito que com o adiantar das horas se intensifica. O rapaz em frente de onde estou liga sua moto e o ronco forte do seu motor traz uma nova percussão de todo este som que se processa em mim...
A rua é tranqüila, observo que os carros passam e depois há uma pequena pausa onde o canto dos pássaros se faz muito mais presente. Imagino que esta pausa do trânsito seja ocasionada por um farol aqui próximo...
Respiro o ar gostoso desta manhã que está fresquinha, a sensação que tenho é que o céu instalou um ar condicionado gigante. Como está me fazendo bem todo este acolhimento deste dia maravilhoso. O céu aqui não tem o azul do nordeste, é um azul acinzentado, mas nem por isso deixa de ter a sua beleza. Estou até me estranhando, afinal no percurso pude observar muitos paulistas agasalhados, e eu que sempre senti muito frio, estou apenas com um vestido leve. Acredito que a emoção de estar aqui está aquecendo o meu corpo.
Lembro de casa, pois como lá ouço um bem-te-vi que pousou bem próximo de onde estou, e ele faz sua contribuição dando seu show particular a quem tem ouvidos para ouvir e me sinto ainda mais feliz em poder ter ainda no meio de toda “parafernália” um olhar e um coração sensível para a vida...
O canto das aves está diminuindo, o barulho dos carros aumentando e meu coração aqui no seu BUM SQBUM BUM tamborilando e agradecendo ao Cosmo a oportunidade de estar aqui aguardando o inicio do curso com Dr. Amit Goswami e vivenciando tudo isso.
Lembrei de William, meu primo, que me disse logo cedo quando me levava à estação do metrô: - “Prima São Paulo não para!” E aqui reverenciando a vida peço que os paulistas não parem de ver o quanto é maravilhoso VIVER...
“VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ
CANTAR E CANTAR E CANTAR A BELEZA DE SER
UM ETERNO APRENDIZ...” (Gonzaguinha)
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