terça-feira, 1 de março de 2011

Ter disponibilidade de SER... MAIS HUMANOS...


 Ontem quando retornava do trabalho, próximo a mim caminhavam três garotos de faixa etária entre 9 a 10 anos, e fiquei um longo tempo refletindo sobre a forma e as palavras usadas no diálogo por um deles: - "QUEM PODE DIZER QUE VIU EU FAZER, QUEM PODE PROVAR, QUERO TESTEMUNHAS, QUERO PROVAS..."
Fiquei pensando eu na idade deles nem saberia dizer o que seria uma testemunha, a vida era tão mais tranquila... Hoje até mesmo na forma dessas crianças dialogarem podemos ver nas "entrelinhas" a presença indesejável da violência, da insegurança...  Nossas TVS derramam sangue em nossas salas como se derramassem vinhos doces e saborosos... Os jornais não têm mais a preocupação de passar noticia de maneira, como poderia dizer? Saudável, talvez até menos dolorosa para o expectador, agora parece haver um prazer mórbido em nos expor a "desgraça". Não suporto esta palavra, acho tão forte, tão pesada, mas ultimamente é o que mais ouvimos por aí... E enquanto aqueles meninos desciam a rua discutindo, a preocupação não era o que tinha acontecido, mas se alguém poderia provar o que havia feito. O que tenho observado é que as pessoas não estão muito preocupadas com os valores, se o que fazem é de fato correto, mas se o que fazem pode ser usado ou não contra elas, se é justo ou não isso já não anda tendo valor nesta nossa modernidade que me assusta ao ver que os seres humanos estão cada vez mais agressivos, não só na sua forma de falar como pude verificar na fala daquele jovem garoto... Mas na maneira que se vestem, nas músicas que cantam, ou seja, na forma que vive... E fico me perguntando onde vamos parar com toda esta modernidade que tem jogado no lixo a construção do ser e valorizam o ter a qualquer preço, o ter sem peso e sem medida...
E eu sempre sonhadora, fico desejando que vocês possam TER sempre disponibilidade de SER espiritualmente mais saudáveis, mais amorosos, simplesmente MAIS HUMANOS!

Um comentário:

  1. Do fato da conversa das crianças uma coisa salta à vista: não se questiona se fiz ou não fiz, o que importa é que não podem provar. Aquelas crianças já estão no mesmo padrão de certos deputados e senadores. Coisa triste.

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