quinta-feira, 31 de março de 2011

Importante não é eu ir, mas levar alguém...

                                                        As três gerações de minha amiga Clara... Avó, mãe e filha...
Clara me pediu para escrever sobre isso e lembrei mais uma vez do Chorão, em que mais significativo foi percebido através inclusive do seu olhar quando me disse: que pude carregar a semente daquela árvore mesmo de uma outra forma, mas que a mantive viva em mim e nas palavras que ganham asas e chegam até vocês...
E de fato o mais significativo não foi passar embaixo da sua copa todas as tardes, isto foi apenas o começo para que eu pudesse levá-la além daquela Praça, além mesmo da cidade em que nasceu...
Então fiquei aqui refletindo que o mais importante não foi onde pude ir com meus filhos, principalmente com Claudinha, devido a sua surdez, mas onde eu consegui levá-los e onde eles já estão indo sem a minha mão para apoiá-los, porque agora eles levam sozinhos seus sonhos em suas próprias asas...
Concordo com Clara que realmente a importância não está em ir, mas em levar o outro a ir além do que fomos; assim nós seres humanos, acredito eu, evoluímos...

sábado, 26 de março de 2011

A semente do chorão..

Hoje o dia está mágico Clara Lita está aqui comigo, aquela amiga que começamos uma amizade devido ao abricó de macaco (árvore que tem muito no Rio de Janeiro) Eu ali admirada pela beleza daquela planta tão majestosa com seu grosso tronco e com tão belas flores, diferentes, exóticas... Eu chateada por não ter levado minha máquina fotográfica e ela tão gentil se propôs a fotografar não só a árvore, mas todo o evento onde tinha ido dar meu depoimento como mãe de uma menina surda - tive então que lhe dar meu e-mail para que pudesse me enviar as fotos e descobrimos uma afinidade literária e terrena que hoje me da o prazer de tê-la aqui em casa. E veja só mais uma árvore me emociona e me mostra o quanto a vida é sábia e como tudo, exatamente tudo - está certo, mesmo quando não compreendemos no momento certas coisas em nossas vidas... Se não fosse por ter esquecido a minha máquina fotográfica, provavelmente não teria a oportunidade de conhecer Clara... Então ontem enquanto andávamos pela cidade ela me perguntou: - Mas onde ficava o chorão? E fomos até a praça ver o que restou daquela magnífica árvore que me jogava pingos d'água toda vez que passava embaixo dela e, minha amiga completou dizendo: - "Que fantástico está com a escritora e poder ver e passar por onde os fatos ocorreram... E agora ela mesmo sem se dar conta que mais uma vez uma árvore nos toca ela me disse: - "Você nem havia percebido, mas o chorão pressentiu que ia morrer e tocou seu coração que, de certa forma pegou a semente dele e espalhou pelo mundo, mesmo sendo de uma outra maneira, o Chorão permanece vivo, não só em seu coração, mas como de tantas outras pessoas... Fiquei emocionada... não tenho a palavra adequada para descrever o que vai agora em minha alma... É grandioso saber que de algum modo consegui alojar e espalhar a semente de uma árvore, pude me integrar a mãe NATUREZA... Só tenho mesmo que agradecer a vida e a Clara por me mostrar a importância de cada mínimo detalhe em minha vida... E feliz sinto o renascer do Chorão em mim...
Isso foi o que restou do Chorão... Se observarem ele ficava numa praça...

terça-feira, 22 de março de 2011

Café interiorano...

Hoje acordei Eurides (nome de mãeinha) fazendo um café bem interiorano, o beiju de tapioca e o café já adoçado... Interessante observar toda peculiaridade do interior de tempos atrás, o café já vinha com açúcar e ninguém reclamava o sabor que era partilhado por todos... Hoje já nem é assim, na mesa o adoçante e cabe a cada um fazer sua escolha... Talvez por estar ainda embalada nas lembranças infantis nestes dois dias que acordei gostosamente com a chuva, sentir a vontade de o sabor estar além de minha alma, mas também de ter o gosto em minha língua, em meu corpo... O café cheirou forte como eu o fiz, e seu cheiro me fez ir lá ao passado, em que acordava cedo tomava correndo aquele café gostoso, para ir medir rua como dizia D. Marina mãe de minha amiga Rita... Éramos como ela nos falava as engenheiras de Palmeiras... Tempos bom, ou melhor, época de uma excelência ímpar... que embora tenha passado deixou uma saudade gostosa, aquela que faço questão de lembrar, pois quando vem à tona, traz junto a certeza que não fui somente uma jovem feliz, mas que me tornei numa mulher em que seu coração habita a felicidade mesmo em momentos de tormentas, afinal não é todo mundo que tem um baú tão rico, tão cheio de preciosidades... 

Um bom dia bem interiorano com cheiro e sabor de café adoçado...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Manhã chuvosa...

Gostoso acordar assim com a chuva, depois de dias de um calor infernal... Espreguiço na cama achando ser muito cedo e fico por alguns instantes ouvindo a chuva cair levemente lá fora... O cheiro gostoso de terra molhada vem me trazer ainda mais lembranças de uma infância gostosa, tranquila e amada... E vejo o quanto ainda sou privilegiada de morar no interior e poder ainda sentir o prazer da chuva, com teu cheiro e todo seu toque...
Levanto, mas confesso a vontade é permanecer deitada curtindo este momento que está sendo mágico, primeiro por esse gostoso frescor nesta manhã cinzenta... Depois a lembrança que me traz tanta coisa boa e tantas pessoas amadas... Como nos disse tão bem Caetano Veloso; "o pensamento parece uma coisa à-toa, mas como é que a gente voa, quando começa a pensar?" E vôo naquele prato de mingau de maizena feito por mãeinha quando eu era menina, vendo as últimas fumacinhas se espalhando pelo ar, enquanto a boca cheia d'água só com o cheiro começa a saborear a alma...
Que esta paz que está em mim nesta manhã chuvosa e tão maravilhosamente gostosa possa enlaçar o coração de vocês pessoas tão especiais em minha vida!

sábado, 19 de março de 2011

E chove lá fora!

Hoje sinto forte o cheiro de terra molhada, bateu uma saudade gostosa em meu peito da pequenina cidade que nasci... saudades de quando ficava na cama com meus irmãos em dias assim e mãeinha vinha nos trazer o mingau maizena quentinho... E lá vinha ela sorridente com aquele prato mesclado, pois tinha que ser preto e branco, ou seja, metade de chocolate... Não tínhamos TV naquele tempo e que maravilha para mim não ter realmente este aparelho em casa, eu particularmente não sou adepta desta invasão em minha casa que traz tantas coisas negativas... E confesso, estava numa PAZ imensa com o aparelho que resolveu tirar férias, mas as crianças retornaram de seu descanso e pronto todo dia a mesma "ladainha"... conserte a Tv e eu enrolo daqui, enrolo dali rsrsrs mas não teve jeito e hoje quando chego em casa cansada tenho que aturar este aparelho incomodo em minha sala... e é um tal de baixa volume, pois embora tenha apenas uma filha surda todos os outros parecem não ouvir direito, alias ultimamente parecem que as pessoas estão sofrendo de falta de audição... falta audição para ouvir o colega, o esposo (a), o irmão... Verifico que antes mesmo das pessoas concluírem seus pensamentos o outro já está negativamente dizendo ser impossível aquilo, ou que não é dessa forma, ou que irá dar trabalho... 
Tive uma experiência numa escola semana passada, que antes mesmo de falar aquela senhora já colocava mil dificuldade no sistema, que seria difícil e eu ali pacientemente esperando ela terminar todo aquele discurso "maquinal"... As pessoas nem tem observado, mas estão repetindo... repetindo...repetindo toda negatividade que os rodeia diariamente e estão fazendo uso dessa energia ruim em suas vidas, elas nem pensam mais, nem racionalizam as coisas e já vão pondo barreiras... Depois que pude concluir calmamente minha ideia e que ela, por certo, verificou que eu realmente tinha razão, todavia dar o "braço a torcer" é tão difícil para as pessoas que tem seus EGOS gigantes, então me disse: - "Passe aqui a manhã que lhe respondo se é possível." E, eu pacientemente voltei dia seguinte, com meu sorriso no rosto, para ouvir o que eu já tinha certeza que iria me dizer: "consegui resolver!" Não tinha o que não solucionar a coisa estava ali clara... visível... Se tivesse me ouvido falar antes de todo seu discurso automático de que isso é impossível teríamos economizado tanto tempo e o tempo é tão precioso. É uma pena que as pessoas os desperdice  com suas caras "amarradas"... Mas, enfim hoje chove e curto gostosamente o cheiro da terra molhada, o som dos pingos que bate na calçada... o frescor que faz esta manhã e curto minhas lembranças agradecendo ao Ser Superior de poder não só vivenciar tantas coisas boas, mas de ter sensibilidade o bastante em perceber cada pequena coisa que fizeram e fazem a grande diferença em minha vida... E desejo que possamos ouvir mais e por menos barreiras em nossos caminhos... o outro é para ser companheiro de jornada e não inimigo de estrada... 

Beijos chuvosos no coração de cada um!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ser oceano...

Há algo estranho em mim, não consigo detectar este sentimento que se aloja em meu peito... Há uma certa calmaria, mas tem também uma turbulência estranha que não me deixa aquietar o pensamento... É como se estivesse esperando pelo trem, pudesse sentir já ali, a vibração do trilho e algo me dissesse que ainda teria uma espera maior do que a desejada... Ou quem sabe ele esteja muito mais próximo do que o planejado... O coração sinaliza que está tudo certo, mas a mente inquieta deseja ver resultados... Ah este bendito ego que sempre busca nos trancar em suas armadilhas, que sempre quer ser o "tal" e que tantas vezes nos leva a labirintos indesejáveis... Estou assim meio que esperando o trem e meio que me perguntando, mas será a hora de ir para nova estação????
Então recordo a mensagem recebida esta semana por duas vezes... 



O RIO E O OCEANO
 
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!
 
Palavras do nosso mestre
"Osho"



É preciso assumir que estou muito próxima de desembocar no oceano... Agora não tem volta...

sexta-feira, 11 de março de 2011

“O caos justifica tudo!”

Meus alunos do curso de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais - Dona Lúcia, 74 anos, aluna também do Curso de Pedagogia... Idade não é LIMITE!... Samuel ex-aluno da APAE, hoje funcionário, exemplo de vida.

Fiquei um longo tempo refletindo sobre a frase dita ontem pelo Secretário de Educação Sr. Eliezer Santana... E pude infelizmente concluir que as pessoas têm aproveitado do caos para justificar suas incompetências: “Não sou bom profissional, porque minha empresa não me dá condições”. “Não consigo isso porque aquilo não me permite avançar” e assim as pessoas antes mesmo de testarem suas potencialidades vão deixando atrás de si um caos maior...
Interessante que nunca havia antes pensado por este prisma, sempre que o caos invadiu a minha vida, gerando confusão e desordem, procurei ver e entender que havia chegado o momento para mudança, para reorganizar as coisas, para reaprender... Não é assim quando, por exemplo, vamos reformar nossa casa, primeiro ocasionamos o caos, tiramos coisas do lugar, derrubamos paredes, jogamos coisas fora... E depois vamos aos poucos criando um novo ambiente, um novo espaço condizente com nossa nova maneira de olhar o mundo, porque mesmo que não queiramos admitir, jamais somos hoje o que fomos ontem. Particularmente gosto muito do que Heráclito disse: “Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio.” 
Todavia, apesar desta constante mudança que vive se processando em nós, a grande maioria luta para manter o mesmo padrão, para ser a mesma pessoa, para viver na mesma tediosa rotina... E vemos pessoas habituadas a reclamar, a criticar, a falar... falar... maldizer... Mas o que cada um tem feito para melhorar o mundo a sua volta? Vejo as pessoas vitimizando-se a cada dia e o discurso é sempre o mesmo; todos vivem pondo a responsabilidade no governo, no sistema, na humanidade... Mas afinal, quem é o governo, o sistema e a humanidade se não nós mesmos!?  
Somos RESPONSÁVEIS, fazemos escolhas, escolhemos caminhos... ESCOLHEMOS... É isso que precisamos estar conscientes no nosso dia-a-dia, nós ESCOLHEMOS, não somos vítimas, não somos pobres coitados e muito menos marionetes... Podemos sim mudar, melhorar, aprender, crescer... Pois, “QUANDO EU MUDO O MUNDO SE TRANSFORMA!” É isso que precisamos urgentemente nos conscientizar que a mudança começa em nós... Precisamos de novas perspectivas... Precisamos de um novo olhar principalmente no que se refere à Educação...
E no que tange a inclusão vejo isso como algo positivo que veio para “sacudir”, quebrar conceitos e preconceitos, romper paradigmas... A maioria dos educadores estava totalmente inerte, vendo a nossa educação pública se arrastando pesarosa, como se fosse algo normal... E cada um pondo a responsabilidade da evasão, do fracasso e das repetências no sistema, no governo, no colega, no diretor...  Então a partir do momento que a rotina, que a mesmice é quebrada com a inclusão de pessoas, não diria deficientes, mas bem diferentes do que todos estavam habituados a tratar o caos foi instalado...
Ou seja, a desordem parece ter tomado conta do ambiente escolar, pois agora há de se organizar até mesmo a estrutura física para dar acessibilidade a estas pessoas que também tem o direito de estudar, de ter uma educação de qualidade.
Educar vem do latim educare que literalmente significa “conduzir para fora”, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo. E não podemos esquecer que a educação é um direito de TODOS e um dever do Estado. E esse direito essencial a vida do ser humano está garantido na Carta Magna, Capítulo III, seção I; Artigo 205 que diz: - “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Fiz questão de chamar atenção para a palavra - TODOS – para que possamos entender que a educação é de direito de todo e qualquer ser humano independente de sua raça, cor, credo, opção sexual...
 Falar de inclusão pressupõe pensar em uma inovação educacional, buscando uma ressignificação do ensino, nos conscientizando que a Educação é para a diversidade, um mosaico de inclusão. E juntos, “de mãos dadas” construiremos melhores caminhos. Depende de nós aceitarmos as diferenças e depende de nós FAZERMOS A DIFERENÇA...

EU ESTOU EM SILÊNCIO... (Tatiane Madureira)

Estou aprendendo a me entender melhor com as minhas euforias. Descobri que é uma perda de tempo muito grande gastar a minha preciosa saliva com discussões e imaturidades e que neste tempo que perco poderia estar aprendendo tantas coisas lindas e maravilhosas e sadias... O silêncio não é o vazio, mas um espaço que abrimos em nossas mentes e almas para encontrarmos respostas maiores de questões maiores do que o leite que derrama ou a louça suja.



Eu estou aprendendo a valorizar o silêncio. Estou aprendendo a usá-lo ao meu favor. A desviar o pensamento e focar somente naquilo que me interessa. Gerenciar pensamentos e emoções para que eu não seja contaminada. Estou me tornando perfeitamente bem treinada na lei do silêncio. Foi muito difícil no início, mas agora vejo que fazer uso do silêncio também implica discernir a hora certa de usá-lo Saber quais as horas certas, os lugares certos e as pessoas certas, para que eu fique diante delas, mesmo com o meu silêncio. Devo confessar que de pessoas que entendam o meu silêncio eu estou sem muitas opções, partindo do princípio de que as horas que fico em silêncio são momentos em que não há ninguém por perto. Ás vezes, as pessoas são incompreensivas e não sabem respeitar e ou aceitar o silêncio do outro e seu real propósito. Porque não entendem as nossas buscas e aspirações. Por isso devo dizer:


EU ESTOU EM SILÊNCIO...


Fiquei tão encantada e contaminada pelas palavras de minha amiga Taty que resolvi partilhar aqui ...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Simplesmente MULHER...

Minha alma feminina em seu dia ficou silenciosa
Ela estava além do que pudesse ser dito
Ela estava na casa do sentir...
Do não falar...
por faltar palavras adequadas
Para expressar
O quanto grandiosa
é a mulher
que hoje renasce em mim
Às vezes me assusta
Mas em muitos momentos
me alegra
Me faz plena...
Me faz menina/flor
Me faz e me traz a cada dia
A força imensa
De ser simplesmente
Esta mulher que ama
Que se faz amar por si mesma
Que se sente amar por ninguém mais
Que ela própria...
Ela em seu dia ficou silenciosa
Embora explodisse em si todos os sons
Tocava em si a mais bela sinfonia
Tocava a mais nobre música
A de ser simplesmente o que é
Simplesmente MULHER...

terça-feira, 1 de março de 2011

Ter disponibilidade de SER... MAIS HUMANOS...


 Ontem quando retornava do trabalho, próximo a mim caminhavam três garotos de faixa etária entre 9 a 10 anos, e fiquei um longo tempo refletindo sobre a forma e as palavras usadas no diálogo por um deles: - "QUEM PODE DIZER QUE VIU EU FAZER, QUEM PODE PROVAR, QUERO TESTEMUNHAS, QUERO PROVAS..."
Fiquei pensando eu na idade deles nem saberia dizer o que seria uma testemunha, a vida era tão mais tranquila... Hoje até mesmo na forma dessas crianças dialogarem podemos ver nas "entrelinhas" a presença indesejável da violência, da insegurança...  Nossas TVS derramam sangue em nossas salas como se derramassem vinhos doces e saborosos... Os jornais não têm mais a preocupação de passar noticia de maneira, como poderia dizer? Saudável, talvez até menos dolorosa para o expectador, agora parece haver um prazer mórbido em nos expor a "desgraça". Não suporto esta palavra, acho tão forte, tão pesada, mas ultimamente é o que mais ouvimos por aí... E enquanto aqueles meninos desciam a rua discutindo, a preocupação não era o que tinha acontecido, mas se alguém poderia provar o que havia feito. O que tenho observado é que as pessoas não estão muito preocupadas com os valores, se o que fazem é de fato correto, mas se o que fazem pode ser usado ou não contra elas, se é justo ou não isso já não anda tendo valor nesta nossa modernidade que me assusta ao ver que os seres humanos estão cada vez mais agressivos, não só na sua forma de falar como pude verificar na fala daquele jovem garoto... Mas na maneira que se vestem, nas músicas que cantam, ou seja, na forma que vive... E fico me perguntando onde vamos parar com toda esta modernidade que tem jogado no lixo a construção do ser e valorizam o ter a qualquer preço, o ter sem peso e sem medida...
E eu sempre sonhadora, fico desejando que vocês possam TER sempre disponibilidade de SER espiritualmente mais saudáveis, mais amorosos, simplesmente MAIS HUMANOS!