quinta-feira, 31 de maio de 2012

VIVER no mais íntegro e real da palavra VIDA!


Compartilhando um pedacinho de meu coração, pois a medida que avanço neste meu caminhar, mas tomo consciência do que nos disse Amit Goswami - "O OLHAR MUDA TUDO!"


A cada leitura que faço do livro - Dialogo da Vida - Krishnamurti, uma paz indescritível vai tomando conta de meu ser. De repente posso perceber e sentir uma quietude em minha mente e é tão engraçado me dar conta que a única coisa necessária para isso, era justamente não fazer e buscar nada. Embora esteja consciente que todo caminho percorrido até aqui foi necessário, parece até que todo conhecimento acumulado ao longo dos anos foi perfurando meu coração e encontrando enfim, o caminho de volta ao meu SER. Sei, tenho consciência que há muito ainda que percorrer, mas a certeza que não preciso correr, buscar e o que é necessário fazer é apenas VIVER no mais íntegro e real da palavra VIDA, sinto toda esta paz se instalando, se aconchegando e vejo um imenso sorriso brotando do sol que brilha no mais profundo de minha alma me dizendo: - Seja bem vinda! (28/05/12)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Banco da Esola



Esta semana trabalhando com meus "aluninhos" (eles tem entre 14 a 16 anos) os fiz incorporar um banco - dinâmica esta aprendida no curso Teatro na Educação com o Mestre Ole Brekke que me deixou muitas saudades... E hoje o resultado de nosso trabalho merece destaque um dos cartazes - um poema - uma paródia... Eles foram brilhantes na criatividade e fiquei muito feliz em ver tantas novas flores se abrindo... De início acharam bem estranho ter que ser um banco, deixei livre para que escolhessem se o banco era de um hospital, de uma praça, da escola, enfim onde estaria este banco a acolher tantos seres... Observar um banco fez meus alunos ir além do concreto, da madeira, do ferro, afinal quantas "LEITURAS" podemos fazer da vida através de um banco... Antes as pessoas desfrutavam muito mais deste tão acolhedor objeto... Lembro-me do primeiro namorado ali naquele banco da praça... Hoje corremos tanto que raramente nos damos o luxo de sentar para ver a vida se desenrolar num banco qualquer, numa hora sem tempo, de um dia feliz simplesmente por poder sentar e sentir a vida passar nos passantes que passam...

O banco da Praça

Passa dia, e a noite passa
E eu aqui sentado 
no meio da praça
Quem virá me visitar?
Quem virá meus sentimentos
comigo compartilhar?
Sejam os casais apaixonados,
enamorados em sonhar
com um lindo passeio
em um cavalo alado,
ou as pessoas que sonham
encontrar um grande amor
e que um dia estarão
sentados em mim
vendo o sol se pôr.
(Charles Alves, Beatriz Silva, Alisson Felipe, Carlos Eduardo, Carlos Antônio e Caique Silva)

Paródia com a música Velha Infância (Tribalistas)

Um banco pra ti!

Eu sou bem assim
Um banco pra ti
Em mim você descansa
Fico com você
Ate envelhecer
E volto a ser criança

Vejo o tempo passar
Pessoas, sei que não vão voltar
Eu sempre estarei contigo
Sou teu amigo, pode falar

Posso não falar
Mas vou te escutar
Eu vou sentir saudades
De te ouvir contar
E às vezes chorar
Ou rir de uma bobagem.
(Charles Alves, Beatriz Silva, Alisson Felipe, Carlos Eduardo, Carlos Antônio e Caique Silva)

Parabéns as equipes... Amei nossa manhã hoje, foi realmente muito PRODUTIVA!!!!


domingo, 13 de maio de 2012

Saboreando a vida naquela manga!


Primeiro a vontade foi chegando de mansinho... E só então pude pensar esta sensação é fome, olhei a fruteira e lá estava ela exuberante, apesar de ainda não está totalmente madura a coloração de tua casca estava muito convidativa a ser degustada... A peguei e por um instante pude observar teu peso em minha mão devido ao teu encorpado ser... Levei a tomar um banho de cachoeira na pia da cozinha e foi maravilhoso sentir a torrente água fria tocar em minhas mãos e no delicioso fruto que tomava ali seu último banho... Peguei um prato, a faca, e sentei calmamente na poltrona... Pude sentir levemente a lâmina teu ser rasgar raschhhhhhhhh raschhhhhhhhhhhhh e neste ritual fui despedindo tua cor e por trás dela estava lá o amarelo quase vermelho... O teu perfume agora tomava todo o recinto e o cheiro de flor invadiu gostosamente minhas narinas e fui sentindo antes mesmo do toque da boca que já aguardava sedenta um prazer imenso, a boca agora já tão cheia de água pode sentir magicamente o toque do fruto e sua deliciosa textura em meus lábios... A boca remexe... remexe e o fruto dança em minha língua que no balançar pra lá e pra cá, vai se deliciando com todo o sabor que vai trazendo ao meu ser... Há uma paz em mim e uma sensação tão boa que de tão IMENSA me é impossível descrever e pude sentir naquele instante que pude estar PRESENTE no meu PRESENTE e o fato de estar tão no agora me fez saborear de forma encantadora o fruto que mais aprecio e me fez entender o quanto desperdiçamos as bênçãos diárias que nos são dadas a todo INSTANTE, porque estamos sempre correndo, sempre apressados em viver... Mas o que viver se não paramos para de fato VIVER a vida no instante que realmente passa por nós e ficamos sempre na ilusão do depois que existe apenas ilusoriamente em nossa mente... Ainda posso sentir o cheiro delicioso da MANGA em mim e que agora faz um novo trajeto em meu organismo, alimentando minhas células e fortalecendo meu corpo... Hoje acordei assim mãe para a vida que habita a cada mínimo instante que passa por mim... Mãe em estar atenta a cada "parto" que faço, como agora ao comer tão delicioso fruto...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"O OLHAR MUDA TUDO!"


Maravilhoso o que Amit Goswami nos disse: O olhar muda tudo! E hoje partilho com vocês um pedacinho do meu olhar no tantão de vida quem tem por aí...

Enquanto lia Krishnamurti (Diálogos sobre a vida) meu coração transbordava de uma indescritível paz que me trazia o teu tão profundo e belo texto. O amor de tuas palavras tocara tão encantadoramente meu coração, que precisei pausar meus olhos de suas letras, para consegui respirar todo o grandioso amor que começava a me enlaçar. Ao suspender meus olhos para fora da janela do ônibus me deparo com o verde matinal ainda coberto pelo orvalho. E lá no alto vejo o sol tentando dissipar as imensas nuvens que o cobrem. De repente um colorido maravilhoso se desponta e flamejante ao vento, vejo a dança tão bela daquelas peças de roupas... É apenas um varal, todavia há em si uma terna beleza de ver naquele quintal tão verde o colorido que dança com o encanto do vento, enquanto o sol majestoso abre ainda mais o teu imenso sorriso, roubando das folhas as cristalinas gotas de orvalho que se recolhem tímidas enlaçadas aos raios que as sugam. Porém, vejo ainda teu sorriso amarelo me prometendo voltar e amanhã de manhã, por certo, as gotas “orvalhais” pousarão mais uma vez no verde das folhas e o colorido daquelas vestes talvez durma numa gaveta qualquer ou quem sabe já esteja andando num nobre corpo por aí... E de repente olho para o vestido que me cobre e há um encantamento em mim em vê o colorido das suas flores me sorrir... (Estava indo de Candeias a Salvador - 6.50h - 11-05-12)